O Drunk Questiona - Lu Piras

Boom dia Drunk Lovers! Esse é um post muito muito especial, uma entrevista que fiz com uma autora amiga minha que é simplesmente demais... E vocês conhecem ela muito bem, tanto é que aposto que vão concordar comigo, tem mulher mais fofa, divertida e talentosa que Lu Piras? 






Sinopse: A cidade do Rio de Janeiro é o pano de fundo onde a estudante de medicina Clara vive sua rotina diária com a família e amigos. O que ela não imaginava é que tudo o que acreditava estivesse prestes a mudar, com a visita inusitada de um anjo. As força do mal ameaçam escravizar a raça humana e, para impedir, o anjo da guarda Nath-Aniel (Nate) vem à Terra, disfarçado de humano, para alertar sua protegida Clara de que sua vida está em risco. Proibido de agir em nome dos humanos e alterar seus destinos, o anjo acaba por se envolver demasiado quando revela a Clara que o pai dela, um renomado cientista, é o responsável pela descoberta que despertou as forças do mal: a fórmula da perpetuação da vida humana (criônica). Toda a missão da legião de anjos celestiais é colocada em risco quando Nate e Clara se apaixonam.



O Drunk Questiona – Lu Piras ‘Autora de Equinócio’

Pergunta: Como é maravilhoso te trazer aqui Lu! Em pensar que há pouco tempo atrás estávamos as duas ansiosas sobre nossos livros [rindo] Como foi para você ter esse sonho realizado? Digo, todos nós acompanhamos o processo antes da Dracaena, e sabemos o quanto você batalhou! Agora nos conte sobre essa experiência... 

Lu Piras:
Olá, Kate! É um prazer bater esse papo com você, compartilhar um pouco sobre mim, sobre Equinócio. Muito obrigada pela oportunidade. É verdade, nós nos conhecemos virtualmente quando você divulgava o pré-lançamento do seu livro e, pessoalmente, na noite de autógrafos em que você estava linda, sorridente, os olhinhos brilhantes! Nunca vou esquecer aquele momento tão especial para você e para mim, que já comecei logo ali a vivenciar a experiência pela qual passarei dentro de pouco tempo. Pois é, foi um processo longo se eu contar o ano de 2010 e 2011 em que esteve praticamente parado, a espera de que alguma editora se interessasse. Faz parte e você sabe como funciona, temos que enviar os originais para todas (todas mesmo!) as editoras que publicam nosso gênero. Foi o que eu fiz. Fiquei frustrada, triste, desanimei. Mas em meados de 2011 resolvi voltar com força total depois que uma amiga me convenceu de que o mercado está mudando e de que haveria chances. Pude comprovar que ela tinha razão. Realmente o mercado literário no Brasil ainda é difícil para escritores nacionais, em especial para os de primeira viagem, desconhecidos. Mas algumas portas já começam a se abrir por iniciativa de editoras como a Dracaena que aposta em nós. Nós, escritores temos que corre atrás, persistir, divulgar muito o nosso trabalho e a internet é uma ferramenta fundamental. Graças ao blog que criei mesmo sem conhecimento nenhum, graças ao facebook, ao twitter, Equinócio se tornou conhecido e desejado. E foi quando a editora notou a minha existência. Foi quando eles leram meu original e aprovaram. E o sonho ganhou asas!

Pergunta: E como foi, receber uma proposta de uma editora tão renomada quanto a Dracaena? Você teve de esperar muito por esta oportunidade?

Lu Piras:
O editor-chefe da Dracaena Editora me procurou e pediu o original. Lembro de ter ficado saltitante, alucinada de contentamento. Principalmente pelas palavras que ele me disse, que foram mais ou menos essas: “Lu, eu vi o trabalho que você tem feito pela rede social e fiquei impressionado. Petição Online? Que ideia! Nós gostamos disso. Mande o seu original.” É o não é de tremer nas bases? Um mês depois, ele me deu a resposta por telefone de que tinha sido aprovado.

Pergunta: Nós conhecemos um pouco de seu trabalho pelo que nos mostrou, mas agora quero que você divulgue o seu trabalho para os nossos leitores que ainda não sabem muito mais sobre Equinócio. Essa é a sua hora!

Lu Piras:
Equinócio é um romance juvenil adulto, sobrenatural. A história nos apresenta Clara, a protagonista e Nate, o seu anjo da guarda. Na abordagem do tema de anjos, procurei me aproximar ao máximo da mitologia e da angelologia dos livros, de muitas enciclopédias que comprei a respeito. Além do tema central, que é o contato entre o casal principal, outros personagens são apresentados e uma trama começa a se desenrolar, bem como alguns mistérios são deixados por desvendar ao longo da história.

Pergunta: É claro que você costuma ler muito também, pode nos indicar alguns livros favoritos em sua estante? Ou quem sabe até mesmo nos dizer se algum deles lhe inspirou a começar a escrever o seu próprio?

Lu Piras:
Sim, eu leio bastante, mas não tanto quanto gostaria. Na minha estante, Clarice Lispector é obrigatória. Tenho alguns clássicos, como Machado de Assis e Fernando Pessoa. E tenho muitos, mas muitos livros YA sobrenaturais, tendo em conta que esse é o meu gênero literário de eleição atualmente. A série Crepúsculo está entre eles e eu, confessamente, já disse sem vergonha nenhuma que Stephenie Meyer foi uma grande inspiração para que eu acreditasse nas minhas capacidades e no meu talento; para que me libertasse de qualquer receio quanto à minha escrita.

Pergunta: Quando nos encontramos você me disse sobre Equinócio ser o primeiro volume de uma série – o que me deixou muito curiosa – você já faz alguma ideia sobre o rumo que a história vai tomar daqui pra frente? Você poderia nos revelar por exemplo, sugestões de nomes para o segundo livro?

Lu Piras:
Isso mesmo, Kate. Equinócio é o primeiro de quatro livros. O segundo livro chama-se Polaris. O terceiro livro se chama Renascer e o quarto, Missão. Os quatro livros estão escritos, sendo que deixei a melhor parte, ou seja, o final... para o final. Rsrsrsr.

Pergunta: E quanto á data de lançamento, você já faz alguma ideia? O que espera do evento pelo qual esperou tanto tempo? Como acha que irá se sentir na hora?

Lu Piras:
Não posso dar nenhuma certeza sobre a data do lançamento. É da minha preferência que seja no mês de junho, mas o livro ainda está em produção e o prazo é incerto. Sabe que eu não sei te responder o que espero do evento? Rsrsrsr. Eu costumo ficar tão emocionada quando espero muito por um determinado evento, que não reparo em nada a minha volta, não realizo o que está acontecendo. Tenho a impressão que é isso o que vai acontecer. Vou estar meio que no mundo da lua, sonhando acordada e vou precisar de que alguém me belisque! Agora que dei a ideia: que seja de leve, ok?  rsrsrs.

Pergunta: Nós – autores nacionais – sabemos o quanto é difícil conquistar os leitores de nosso país, até porque muitos deles preferem a literatura estrangeira. Como você lida com isso? Como você enxerga isso?

Lu Piras:
Bom, eu mesma nunca dei atenção à literatura nacional porque sempre me impuseram (a mídia, as livrarias e etc) o que vem de fora. Se as grandes editoras, que são as que tem poder de distribuição, que estão presentes em todas as livrarias do país, só apostam nos estrangeiros (porque só pensam no lucro certo), que chance teremos os nacionais de ganhar espaço nesse mercado já tão saturado? Crescemos ouvindo que o que é feito lá fora é melhor, tem mais qualidade e isso, além de péssimo para a auto-estima, nos desvaloriza perante o mundo. Se o brasileiro não reconhece o seu valor, quem reconhecerá? Literatura é nossa cultura e, nós, como escritores engajados nessa luta para mudar o cenário restritivo do nosso mercado, devemos representá-la da melhor forma. O segredo é botar a boca no mundo, divulgar o que é nosso, o que é de qualidade. Já disse algumas vezes e volto a repetir: quando acreditamos, conquistamos.

Pergunta: E a sua família Lu? O que eles acham sobre você ser escritora?

Lu Piras:
Meus pais e meu irmão sempre souberam que eu gostava de escrever. Eles me viram crescer escrevendo. Meu pai sempre me incentivou. Ele leu meu primeiro romance. Eu tinha então 15 anos. Ele também foi o primeiro a ler e revisão Equinócio. Hoje minha família continua na torcida, pois eles sabem a importância que essa vocação tem na minha vida.

Pergunta: Você poderia deixar um conselho para quem está começando agora?

Lu Piras:
Eu posso dar dezenas de conselhos, mas acredito que o mais importante é este: persista. Isso implica que você não desista ao receber a primeira resposta negativa da editora. Guarde a carta negativa na gaveta, mas não guarde o seu livro. Envie-o para o máximo de editoras que tiver conhecimento (pesquise antes para saber se a editora publica o gênero do seu livro, claro) e seja paciente. Mas, ser paciente não é ser passivo. Enquanto espera uma resposta, procure outras editoras. Telefone para eles, mas não insista. Comente com todo mundo sobre o seu livro, crie um blog, crie uma fanpage, torne-se o maior tweeteiro do planeta. Enfim, apareça de todas as formas. Enfim, persista. Sempre
.
Pergunta: Estamos chegando ao fim, e eu gostaria de lhe agradecer e de lhe desejar boa sorte Lu! Nós do Drunk, estamos torcendo pelo seu sucesso, e agora, será que seria abusar muito da sua nobreza [rindo] lhe pedir para que deixe um recado para nós?

Kate, é um imenso prazer dar essa entrevista para o Drunk Culture, um blog que eu admirei desde o primeiro momento e que você, com muita competência, gere tão bem. Ter conhecido você foi maravilhoso e é um prazer tê-la como amiga nessa nossa jornada. Mais uma vez, obrigada pela oportunidade de falar mais sobre Equinócio e sobre minha trajetória de autora. Agradeço também a todos os que acompanham este blog e que se interessam pelo livro. Acompanhem as novidades por aqui e no blog de Equinócio também: www.equinocioaprimavera.blogspot.com


Kate Willians
KATE_WILLIANS Uma blogueira aquariana de 17 anos, que ama escrever e ler de tudo, adora The Vampire Diaries e é mais desastrada que um pato. Sonha em ser jornalista e acaba de publicar o seu primeiro livro; Debaixo das Minhas Asas.

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