Book Tour Duplo - Resenha #01 - O Arquiteto do Esquecimento

Boom dia Drunk Lovers, seguinte eu estou morrendo de sono, então eu não vou falar muito [rindo] Essa resenha é a primeira do Book Tour duplo que eu e o Bruno (Convergência e Divergências) estamos organizando. Então, espero que gostem! 





 O arquiteto do Esquecimento – Marcos Bulzara

Sinopse: “... Ela abriu os olhos novamente e, por um momento, imaginou que aquele tempo escuro e tenebroso que podia ver lá fora era o retrato de como tinha sido a sua vida até então. Um breve sorriso iluminou o seu rosto como para guiá-la no caminho da noite em que a vida parecia finalmente agraciá-la com um gesto de bondade. Ela esperou por esse momento quase cinqüenta anos. Toda uma vida imaginando e se preparando para este dia, mas a vida não a preparou para o que viria a seguir.”

Resenha por Kate: Logo a principio podemos nos ver apaixonados pela arte da capa da obra. É muito bonita e original e nos prende a atenção por longos minutos de cara. Também é admirável a escassez de erros na gramática do livro, ao longo de 465 páginas encontrei apenas um errinho ou dois mas que foram irrelevantes. 
O Arquiteto do Esquecimento traz em suas páginas temas polêmicos e arrasadores como a segunda guerra mundial, o nazismo e a exterminação do povo judeu de maneira real e fria. 
Doran Visich, um judeu que vivenciou as mais terríveis atrocidades nos campos de concentração nazista conta a sua historia nos fazendo sentir com ele cada sensação tenha sido ela boa e alegre como sua infância ao lado de Gorda – como ele carinhosamente chama sua irmã Constantine – ou cruel e arrasadora – como as diversas torturas a quais foi submetido quando capturado pelos nazistas – é como se estivéssemos ali ao lado de Doran, acompanhando tudo tão de perto.

Um dia atrás, ele estava num campo de trabalhos forçados onde só via sujeira, miséria e morte por todos os lados. Agora estava ali, naquela sala bonita ao lado de um homem estranho que, de maneira milagrosa, parecia se importar com ele.” Pág. 150

Ao decorrer do livro podemos afirmar sem hesitar: É impossível segurar as lágrimas. Cenas em que há preconceito, e falta de consideração com o outro é impossível não chorar com a forma com que Marcos Bulzara descreve o sofrimento dos personagens. A captura de Doran e toda a sua família, a morte de seus pais e irmão... São cenas que marcam, cenas que julgo: Ficarão gravadas para sempre em nossa mente.

A porta se abriu batendo com força na parede lateral. Doran voltou-se para aquele lado. Viu quando o gigante nazi entrou seguido por Eward que fechou dando duas voltas nas duas e colocando a chave no bolso de trás da calça. Gunther puxou mais uma vez Doran para junto de si e falou no ouvido dele: _Você vai viver.” Pág. 183, 184

O livro nos ensina a ser altruístas, a colocar quem amamos sempre em primeiro lugar porque serão sempre eles – quem mais amamos - a cair, a mentir para nos manter a salvo.

O arquiteto do esquecimento é dividido em várias partes que nos mostram de diversos ângulos e pontos de vista as fases da vida de Doran. A droga citada no livro ‘D45 – Amnol’ criada por nosso protagonista é capaz de fazer com que se esqueça partes e até toda a nossa vida e há desfechos impressionantes a respeito dela com diversos personagens.

Chorar é tornar menor a profundidade do sofrimento, ela sussurrou para si mesma.” Pág. 223

O autor me lembrou muito os grandes Sidney Sheldon e John Grishan por sua maneira peculiar e arrasadora em descrever cada lugar, cada acontecimento a ponto de nos transmitir para dentro do enredo.

O livro também me remeteu levemente a ‘A menina que roubava livros’ talvez pelo tema tratado, talvez pela narração do protagonista mas sem dúvidas há semelhanças entre um e outro.

O sol brilhava agora com mais força, mas ainda fazia um frio úmido, incomodo. O tempo caminhava sem se importar com a dor de Doran ou com a espera do jovem motorista.” Pág. 382

Os personagens são todos bem escritos, bem explorados e em sua maioria apaixonantes.

 O único ponto ‘não muito legal’ foi que o relacionamento de Doran e Isabel – também protagonista – não foi muito bem desenvolvido, poderia ter sido mais aprofundado, em minha opinião.

Tirando isso o livro é maravilhoso e sem dúvidas ainda vai arrecadar vários elogios ao autor.

Jamais, em todos aqueles anos, ela havia imaginado que aquilo seria do jeito que foi, ela sabia agora: aqueles foram os minutos mais preciosos de toda a sua vida.” Pág 465
                                 
Capa: 5
Enredo: 5
Desenvolvimento da historia: 5







Kate Willians
KATE_WILLIANS Uma blogueira aquariana que ama escrever e ler de tudo, adora The Vampire Diaries e é mais desastrada que um pato. Sonha em ser jornalista e está tentando publicar seu primeiro livro.

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